Dizem por aí que o dia primeiro de janeiro
Traz um novo ano, uma vida nova,
Mas eu não entendo porque no segundo dia
Todo mundo ta vivendo a mesma merda de vida.
Dizem por aí que o dia primeiro de abril
É o dia da mentira,
Isso só pode ser mentira,
Pois no dia-a-dia eu vejo tanta mentira.
Dizem por aí que vale tudo
Que o tempo não espera por ninguém
E que o medo só machuca a mente
De toda gente que medo tem.
Dizem por aí que o ano se constrói
Com trezentos e sessenta e cinco dias
Não se tiram nem os feriados
Nem mesmo a data do meu aniversário.
Dizem por aí que malandro é ladrão,
Mas se esquecem que malandro não usa paletó,
Não saberia nela dá um nó.
Os ladrões são diferentes, engravatados
De colarinho branco estão sentados no Congresso Nacional
E o malandro, Mané, de pé no chão,
Só vejo ele correndo pra não perder o “busão”
Lotado! É engraçado!
Os caras do Congresso em um carrão importado
E o malandro, irmão, de pé no chão,
Melhor andar a pé do que morrer numa prisão.
Mas dizem por aí que só alcança
Quem tem perseverança
E nunca perde a esperança
Mesmo que a desgraça tenha sido na infância.
Dizem por aí que a maior desilusão
É deixar de acreditar na força da paixão
Do povo brasileiro por esta nação,
Por esta nação.
Dizem por aí que a Constituição
Fala de igualdade sem distinção,
Fala do direito a liberdade de expressão,
Prega contra o preconceito a discriminação.
Mas que droga é essa que acontece nessa nação
Todo o dia eu vejo na televisão
Uma nova cena de corrupção.
Mas que droga é essa que acontece nessa nação
Todo o dia eu vejo na televisão
Os meus direitos violados
Só tenho obrigação.
Mas que droga é essa que acontece nessa nação
Todo o dia eu vejo na televisão
O povo brasileiro vai sofrendo
Enquanto o verdadeiro ladrão
Está sentado no Congresso
De paletó bonito, engravatado,
Na sua garagem um carrão importado
E na conta do banco, dinheiro lavado.
Porque não ser sincero e dizer que é roubado do povo?
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