domingo, 28 de março de 2010

COMÉRCIO DO “CRACK” EM BRASÍLIA

Agora você vê o que acontece
Na capital do Brasil,
Ninguém merece!
Varejo ou atacado
Diz o enunciado,
Tem droga por todo lado
Parece estar liberado.
Será que tem desconto
Para quem compra no atacado?
Será que eles aceitam cartão
E cheque pós-datado?
Ao nascer do sol
Lá está ela, cedo funcionando,
“Cracolândia” não fecha para almoço,
Funciona nos domingos e feriados
E durante a noite também tem funcionários.
A oferta é alta e a procura também.
É assim sem preconceito,
Atende todas as classes
Seja o playboy (filho de papai),
O menino de rua e o empresário.
O lance é ter dinheiro
Pra pagar os honorários,
Afinal, eles são profissionais liberais.
Aí você já viu,
Essa é a nova Brasília
O exemplo do Brasil.

sábado, 20 de março de 2010

MAS O QUE ACONTECE NESTA NAÇÃO?

Dizem por aí que o dia primeiro de janeiro
Traz um novo ano, uma vida nova,
Mas eu não entendo porque no segundo dia
Todo mundo ta vivendo a mesma merda de vida.

Dizem por aí que o dia primeiro de abril
É o dia da mentira,
Isso só pode ser mentira,
Pois no dia-a-dia eu vejo tanta mentira.

Dizem por aí que vale tudo
Que o tempo não espera por ninguém
E que o medo só machuca a mente
De toda gente que medo tem.

Dizem por aí que o ano se constrói
Com trezentos e sessenta e cinco dias
Não se tiram nem os feriados
Nem mesmo a data do meu aniversário.

Dizem por aí que malandro é ladrão,
Mas se esquecem que malandro não usa paletó,
Malandro nem gravata usa
Não saberia nela dá um nó.

Os ladrões são diferentes, engravatados
De colarinho branco estão sentados no Congresso Nacional
E o malandro, Mané, de pé no chão,
Só vejo ele correndo pra não perder o “busão”

Lotado! É engraçado!
Os caras do Congresso em um carrão importado
E o malandro, irmão, de pé no chão,
Melhor andar a pé do que morrer numa prisão.

Mas dizem por aí que só alcança
Quem tem perseverança
E nunca perde a esperança
Mesmo que a desgraça tenha sido na infância.

Dizem por aí que a maior desilusão
É deixar de acreditar na força da paixão
Do povo brasileiro por esta nação,
Por esta nação.

Dizem por aí que a Constituição
Fala de igualdade sem distinção,
Fala do direito a liberdade de expressão,
Prega contra o preconceito a discriminação.

Mas que droga é essa que acontece nessa nação
Todo o dia eu vejo na televisão
Uma nova cena de corrupção.

Mas que droga é essa que acontece nessa nação
Todo o dia eu vejo na televisão
Os meus direitos violados
Só tenho obrigação.

Mas que droga é essa que acontece nessa nação
Todo o dia eu vejo na televisão
O povo brasileiro vai sofrendo
Enquanto o verdadeiro ladrão

Está sentado no Congresso
De paletó bonito, engravatado,
Na sua garagem um carrão importado
E na conta do banco, dinheiro lavado.

Porque não ser sincero e dizer que é roubado do povo?

domingo, 14 de março de 2010

COMO ACABAR COM OS PROBLEMAS SOCIAIS DO PAÍS?

John Elyston de Souza Altmann
altjus@ymail.com
14 de Março de 2010.
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Com a evolução histórica do país observamos mudanças decorrentes das lutas dos povos em busca de direitos os quais nem sempre foram reconhecidos como tais. No entanto, hoje se nota uma enorme quantidade de leis que regulamentam os atos da sociedade, que versam sobre a saúde, à educação, o bem estar social, dentre tantas outras necessidades básicas do cidadão.Todavia, ainda existem muitos problemas a serem solucionados e partindo deste ponto, eis que surge a questão; “Como acabar com os problemas sociais do país?”

Inúmeros são os problemas que afligem a sociedade brasileira, mas o que tem sido feito para se mudar esse quadro? Os governantes ludibriam seus governados – o povo – com falsas propostas de mudança, ofertam uma variedade notável de tipos de “bolsas” fornecendo por meio delas, uma pequena quantia da moeda nacional. Pobre povo que se permite enganar ou mesmo, vende sua vida por míseros reais.

1. MISÉRIA INTELECTUAL

A miséria é algo inerente a esta sociedade, antes de tudo, falo da miséria intelectual, pois hoje ainda há cerca de 14 milhões de analfabetos e uma população adulta que tem em média sete anos de escolaridade. O governante diz, “Investi fortemente na educação e, no meu governo, entreguei mais de cem escolas para nossas crianças…”, surge a questão; Escolas (prédios físicos) fornecem educação? Não! A educação é repassada através de professores, mas veja você, o governo diz investir milhões em prédios escolares, mas não diz investir na qualificação dos profissionais, pois não o fazem. Eis um dos mais graves erros, o investimento deveria ser ofertado não somente a construção de prédios escolares, mas também na qualidade do ensino e, para tanto, faz-se necessário investir mais nos profissionais melhorando assim a qualidade do ensino. A parcela majoritária dos profissionais da educação sofre pelos baixos salários e ainda pelo não reconhecimento dos próprios alunos.
Vale ressaltar que as mudanças no país só podem ocorrer se cada pessoa começar a mudar também. Não devemos depositar toda culpa da miséria intelectual somente em nossos governantes, pois há espalhada pelas cidades da nação – ao menos na maior parte delas – às bibliotecas públicas onde todos têm acesso. Existem, ainda, inúmeros recursos ofertados por meio da globalização como, por exemplo, a internet, a qual esta sendo disponibilizada por um valor irrisório. Destarte, não se pode alegar que as informações ou a busca pelo conhecer é algo inalcançável, pois, para nossa infelicidade, o que acontece é ainda haver enorme irresponsabilidade e a falta de compromisso dos próprios alunos – logicamente quando falo da busca pelo conhecer nas bibliotecas, na internet e em outros meios, refiro-me àqueles os quais não se incluem no índice de analfabetos – e isto, por sua vez, é algo que infelizmente ainda pesa bastante.
Vê-se, portanto, na educação, um modo – dentre tantos outros – de melhoria das condições sociais, haja vista que o conhecimento abre as portas para o mundo e por intermédio dele, podem-se reivindicar direitos os quais vão além de singelas obrigações. No entanto, vale dizer ainda, que tudo o que podemos é simplesmente amenizar os problemas sociais e não extingui-los, pois a cada passo dado pela sociedade rumo ao desenvolvimento surgirão novos problemas, novas questões. Assim sendo, a luta sempre persistirá.
Todavia, vale ressaltar que o conhecimento levará o povo a buscar o devido reconhecimento legal e, mais que isso, o respeito – por parte dos governantes – ao texto expresso na Lei Suprema da Federação (a Constituição da República Federativa do Brasil [CF], publicada pelo DOU nº 191-A, de 05 de outubro de 1988).
O Brasil, como sendo um país democrático de Direito, versa na CF, como mencionado no 1º parágrafo deste artigo, sobre a saúde, a igualdade, direitos como a vida – que está seja vivida com dignidade – dentre outros temas de necessidade básica do cidadão. No entanto, o que nos falta são pessoas comprometidas com o povo, as quais prezem, respeitem e façam cumprir o que está elencado no texto constitucional.

2. DESIGUALDADE SOCIAL

Suprindo a grave falta existente no que se refere a “miséria intelectual”, podemos tentar amenizar as conseqüências a despeito da desigualdade. Em matéria divulgada no “Jornal Pequeno online” , de 13 de janeiro de 2010, observa-se o índice de miséria em 2008 de 28,8% da população brasileira, contudo, sendo citado na mesma matéria o autor afirma; “O Brasil poderá praticamente zerar a pobreza extrema e alcançar indicadores sociais próximos aos dos países desenvolvidos em 2016, caso mantenha o ritmo de desempenho que teve entre 2003 e 2008. A conclusão é de estudo ‘Pobreza, desigualdade e políticas públicas’, divulgado ontem pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada)”.
Gabriela Cabral, no seu artigo “Desigualdade social” , revela que “A desigualdade social tem causado o crescimento de crianças e jovens sem preparação para a vida e muitos deles não conseguem oportunidades e acabam se tornando marginais ou desocupados, às vezes não porque querem, mas sim por não sobrarem alternativas”.
Com isto, podemos observar o grande índice de desigualdade social, mas o que fazer para ofertar ao povo o que lhe é de direito? Como melhorar a vida da população dando-lhe dignidade, saúde, fazendo valer seus direitos?
Eis uma questão complexa e de bastante discussão por serem inúmeros os fatores que geram a desigualdade. Contudo, remeto-me novamente a educação, anteriormente mencionada, sendo ela a base necessária para a mudança no grau de desigualdade.
Podemos perceber que de um modo ou de outro, sempre regressamos a educação, talvez seja por sua grande relevância. Freud dizia que só o conhecimento é capaz de dar poder a alguém. Devo concordar, em parte, com o ilustre pensador, pois a força do conhecer nos faz exigir, cobrar direitos que em sua maioria já estão a nossa disposição dispostos em leis, mas que não são aplicados pelo fato do desconhecimento desses direitos pela população. Desta forma, posso dizer com infelicidade no coração que grande parte de nossa legislação não passa de belas palavras, ilusões transcritas em um papel qualquer a qual soa bem quando declamada, mas que em sua pratica, torna-se esquecida e menospreza por aqueles que dizem “representar o povo”.

3. CONCLUSÃO

Nestas singelas linhas, pôde-se observar que há muito a ser feito para se tentar amenizar os problemas sociais do país. Uma batalha constante do povo em busca da melhoria de vida. É imprescindível o surgimento de homens e mulheres comprometidos com a melhoria da qualidade de vida da população. Pessoas as quais coloquem em prática não somente obrigações, mas que façam valer os direitos dos cidadãos.
Que não sejam meras palavras os direitos expressos em nossa constituição, mas que seja real. Educação para as crianças, saúde e bem estar para nossa sociedade, uma vida digna de um povo guerreiro que infelizmente hoje é tão pobre mesmo possuindo o suficiente para ser extremamente rico.
Portanto, que não seja “ordem” para o povo e “progresso” para os governantes e sim, ordem na nação e progresso para todos.
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